terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ler e Escrever

Segue aqui um excelente artigo que recebi em meu e-mail, escrito pelo engenheiro, escritor e palestrante Ênio Padilha.

LER E ESCREVER


Se você teve a oportunidade de estudar, viajar, conhecer pessoas inteligentes e isto desenvolveu a sua capacidade de fazer uma leitura mais abrangente do mundo... Se você sabe coisas que os outros não sabem... consegue ver o que os outros ainda não estão enxergando... ...então você tem muitas responsabilidades

Albert Einstein, que além de excepcional cientista foi também um dos mais brilhantes pensadores do nosso século, deixou-nos um alerta muito importante a respeito da leitura: ele dizia que é inútil uma pessoa atravessar a vida lendo os melhores livros, se não tirar deles elementos para uma "ação no mundo".

Por "ação no mundo" ele queria dizer uma ação positiva, renovadora, revolucionária. O que Einstein fazia era uma convocação para a atividade. Um convite à auto-exposição. Ao trabalho, muitas vezes mal compreendido. À ação, muitas vezes combatida.

Ler bons livros, jornais ou revistas, viajar, conhecer pessoas, estudar... são coisas muito importantes. Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso reconhece isto. O perigo está em admitir que a leitura e o estudo (o conhecimento) é o objetivo em si, quando na verdade é apenas um meio. Depois da leitura (do conhecimento) vem a segunda parte da tarefa, que é a ação no mundo.

Sem a segunda parte a primeira perde o sentido. O que estou querendo dizer é que é necessário escrever a partir dos livros. E escrever tem aí um sentido bastante figurado: significa fazer alguma coisa, defender uma idéia, agir no sistema. Significa contribuir para o progresso. Plantar sementes novas. As pessoas esclarecidas tem responsabilidades grandiosas diante da sociedade.

Se vemos um caminho novo e não “convidamos” a humanidade para avançar por aí, assumimos a responsabilidade pelo atraso. Não devemos nos intimidar diante da ignorância e da mediocridade que imperam no mundo. Não devemos deixar para os outros o trabalho para o qual estamos preparados. Se Pasteur (o descobridor da vacina) tivesse se acovardado diante da estupidez dos seus contemporâneos (que o consideravam um visionário e tolo) a humanidade teria amargado muitos anos de dor e atraso.

Se Einstein tivesse passado seus dias lendo livros de matemática e física sem nunca ter se exposto (escrevendo suas conclusões e teorias a respeito do que lia) ainda estaríamos acreditando que o espaço e o tempo são grandezas absolutas. Se todos nós cruzarmos os braços diante das coisas que considerarmos erradas, a humanidade ficará exatamente onde está: Atrasada, moralmente subdesenvolvida e dominada pela ignorância e pela maldade.


ÊNIO PADILHA

3 comentários:

Ivan Linhares Martins disse...

Bom texto Ezequiel, valeu a recomendação!

No mais to vendo que vai render a próxima viagem, bom proveito aí.

Ezequiel Conte disse...

Valeu, Ivan!
Acho que vai render muito mesmo!
E vou usar o teu mochilão, hehe!

Abraços!

Unknown disse...

Achei lovável este artigo, entretanto, "uma andorinha não faz verão". Quero disser que os tempos são outros, mas os problemas são os mesmo, e a dispeito disto ficamos na mesma. Quem tem o poder não usa de forma conveniente e quem nomea ao poder, em sua maioria são loucos disprovidos de qualquer justificativa sustentável. Possuidores de amnnésia crônica, não sabendo quem é a sí próprio!

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